sexta-feira, 3 de setembro de 2010

OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Encerrou-se no último dia 16 de agosto a primeira etapa da Olimpíada de Língua Portuguesa de 2010. Essas olimpíadas, promovidas pelo MEC, acontecem bienalmente, e propiciam ao aluno experiências enriquecedoras na produção de textos, aproximando-os da diversidade de gêneros. O 1º Ano participou com a produção de crônicas. Uma fala de Davi Arrigucci Jr. consegue extrair com propriedade a essência do gênero: “Às vezes a prosa da crônica se torna lírica, como se estivesse tomada pela subjetividade de um poeta do instantâneo que, mesmo sem abandonar o ar de conversa fiada, fosse capaz de tirar o difícil do simples, fazendo palavras banais alçarem voo.” Reproduzimos abaixo a crônica escolhida para representar a escola na seletiva regional, de autoria de Rodolfo Guilherme C. Queiroz, aluno do primeiro ano B matutino, orientado pela professora Keyla e o artigo de opinião, do aluno Jerferson da Silva Santos, do 3° ano A matutino, orientado pela professora Geane Lira.




CRÔNICA:


Para além da minha janela




Vou à minha janela em busca de uma inspiração para escrever uma crônica, sem ideia alguma de como iniciar, então passo a observar o que se passa em minha rua.

Vejo crianças pequenas, distraídas, somente brincando. Ao perceberem minha presença na janela, elas começam a chamar minha atenção. Escuto-as comentando umas com as outras, certamente sobre minha presença. Como se eu não soubesse o que se passa naquelas cabecinhas! Pobres coitadas! Mas continuo observando-as com a minha busca infinita de escrever algo que não sei nem por onde começar.

Repentinamente, vejo que a minha presença na janela faz com que mude a intenção da brincadeira daquelas crianças, o que era uma brincadeira apenas para diversão se tornou algo mais: chamar minha atenção. Antes elas estavam um pouco distantes, do outro lado da rua. Todavia, pouco a pouco, elas se aproximam da minha janela. Meio sem jeito e temerosa, uma garotinha senta perto de onde estou e fixa seu olhar sobre mim. Logo pensei: aí vem perguntas, meu Deus!

A menina tímida e sem graça engoliu bem a saliva e finalmente me perguntou, com uma voz baixa e suave, qual era o meu nome, então eu respondi. Para minha surpresa ela sorriu. Seu rosto sereno e calmo se encheu de uma satisfação, um lindo sorriso de uma criança. Por que sorriu assim? Então percebi que o motivo da alegria dela era simplesmente porque ganhou um amigo, que, na sua concepção, era como se tivesse ganhado um lindo presente.


Algo a esperava. Seus pais a chamaram e pediram que ela entrasse na casa. No entanto, o brilho, a satisfação daquela criança não foi embora. Seu último gesto foi um simples tchau com um belo sorriso.

Portanto, foi nesse encontro e desencontro de idéias que subestimei a minha capacidade de escrever, mas foi para além da minha janela, observando o silêncio e o movimento da rua que consegui a temática da minha crônica: um olhar, apenas um olhar tímido, terno, mas audacioso, corajoso ao ponto de olhar para o infinito e ver que quando se deseja algo, basta ir para além da janela.


Rodolfo Guilherme C. Queiroz



ARTIGO DE OPINIÃO:
 
PIRATARIA: Crime ou Esperteza?
 
A tecnologia, nos últimos tempos, tem avançado muito e isso faz com que as pessoas queiram, cada vez mais, coisas novas e que facilitem o seu dia-a-dia, porém nosso país ainda é subdesenvolvido em relação a produção de vários produtos tecnológicos. Portanto, importamos de países desenvolvidos, o que encarece muito o produto.

A camada social mais baixa sempre quis ter esse tipo de produtos, entretanto não possui condições financeiras para tanto, surgindo assim a pirataria.

A pirataria é simplesmente contrabando ou produção de material feitos de forma irregular, o que pode ocasionar problemas de saúde, como por exemplo os cigarros pirateados, que são ainda mais nocivos que os produzidos na legalidade. A pirataria chegou a vários lugares no mundo, desde pequenas cidades como Itapetinga (podemos ver produtos pirateados no centro da cidade todo, DVDs, CDs, brinquedos, celulares, bonés etc) até megalópoles como São Paulo.

Os produtos piratas são bem mais baratos que os originais, porém acabam sendo uma “pegadinha”, pode custar sua vida ou a de pessoas que são exploradas para produzir esses mesmos produtos em extremas condições de pobreza. A pirataria tem ligação direta com o tráfico de armas e drogas, além de danificar o seu aparelho (no caso de CDs e DVDs) e não tem garantia.

Devemos ter muito cuidado no que fazemos, o que parece ser a economia de alguns reais é, na verdade, contrabando e crime. Esse problema cabe só a nós resolver, nos conscientizando e nos questionando: Será que vale mesmo a pena?

                                                                                                                      Por Jefferson da Silva Santos

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